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dc.contributor.authorReis, Bruno Cardoso-
dc.date.accessioned2017-11-13T12:49:49Z-
dc.date.available2017-11-13T12:49:49Z-
dc.date.issued2011-11-18-
dc.identifier.isbn978-989-8191-53-3-
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/11144/3305-
dc.description.abstractUm político importante português classifi cou o fi m da Guerra Fria como “O Maior Desastre Nacional para Portugal desde a derrota de Alcácer Quibir em 1578”. Pretendia dizer com isso que um determinado modelo estratégico a partir do enorme investimento europeu na modernização de infra-estruturas materiais e, em menor grau, em capital humano, teria feito de Portugal a porta de entrada barata e ideal para o investimento estrangeiro na CEE na década de oitenta. Contudo, o colapso do modelo comunista e a globalização do capitalismo tornou o modelo de mão-de-obra barata para Portugal insustentável. A isto podemos acrescentar o facto de Portugal se ter tornado cada vez mais periférico do ponto de vista estratégico. A adesão à NATO e à UE após 1989/1991 tornou-se menos exclusiva e um privilégio menor. O impacto diferencial da entrada no Euro, assim como o da liberalização do comércio global e de capitais, tornou Portugal ainda mais marginal. Após 1989/1991, Portugal ou a Grécia podiam ser autorizados a falhar de uma maneira que não acontecera antes – já não podiam continuar a ser encarados como prova do fracasso do modelo ocidental, como uma fenda potencialmente perigosa no muro que separava os dois blocos da Guerra Fria. O colapso da Jugoslávia podia ter sido visto como um exemplo precoce e extremo de um problema mais amplo da periferia da nova Europa e Ocidente do pós-Guerra Fria. Assim, que podemos fazer? Fazer uso máximo das nossas fraquezas, do risco sistémico mais amplo que o Euro criou juntamente com os inventivos distorcidos que foram parcialmente responsáveis pela crise. Mas para isso, especialmente em tempos de grande incerteza e risco, devemos ter uma estratégia, e uma que não assente unicamente em austeridade pura e num mítico Estado mínimo, ou num conceito autárquico albanês. Temos que nos atrever a propor algumas medidas sustentadas por algum apoio externo para sairmos da crise, reforçar a governança da Europa, tornar as Finanças menos altaneiras, e oferecer incentivos a médio prazo em troca de sacrifícios a curto prazo. Uma Estratégia nacional e Europeia não é um luxo, mas, mais do que nunca, uma necessidade. Por último, mas não menos importante, a segurança não é um luxo neste contexto, e pode ser transformada numa mais-valia estratégica de forma mais ou menos óbvia.por
dc.language.isoporpor
dc.publisherOBSERVARE. Universidade Autónoma de Lisboapor
dc.rightsopenAccesspor
dc.subjectPortugalpor
dc.subjectPós Guerra-Friapor
dc.subjectCrise global financeirapor
dc.subjectGrand Strategypor
dc.titleO fim da Guerra Fria foi um desastre estratégico para Portugal?por
dc.typearticlepor
degois.publication.locationLisboapor
degois.publication.titleOBSERVARE 1st International Conference - Internacional Trends and Portugal´s Positionpor
dc.peerreviewedyespor
dc.relation.publisherversionhttp://observare.autonoma.pt/conference/images/stories/conference%20images%20pdf/S1/Bruno_Reis.pdfpor
Aparece nas colecções:I CONGRESSO INTERNACIONAL DO OBSERVARE

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