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dc.contributor.advisorMendes, José Amado-
dc.contributor.authorSerrado, Ricardo Fernando Fontes Jesus-
dc.date.accessioned2021-10-04T11:35:17Z-
dc.date.available2021-10-04T11:35:17Z-
dc.date.issued2021-07-08-
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/11144/5193-
dc.description.abstractMilhões de pessoas praticam desporto em todo o mundo, seja profissionalmente, seja de forma amadora, seja em competições institucionalizadas, seja de forma lúdica, seja ainda para manter a forma ou por puro divertimento. O desporto, pela sua vastidão conceptual, é difícil de definir, pois envolve atividades relacionadas com exercício físico mas também com o divertimento e com a recreação. Enquanto conceito lato, o desporto existe desde o tempo em que o ser humano começou a correr para caçar e para realizar outras tarefas assentes na sua capacidade única para correr longas distâncias e interpretar sinais do meio. Enquanto conceito restrito, o desporto contemporâneo é uma realidade surgida no século XIX, sensivelmente a partir da década de 60, que corresponde ao conjunto de atividades que envolvem exercício físico. O desporto é, portanto, tão antigo como o ser humano mas modificou-se ao longo do tempo, à medida que o ser humano ia transformando o seu meio. Esta tese visa responder à seguinte questão: porque é que o desporto é omnipresente em todas as sociedades conhecidas, mais primitivas às mais desenvolvidas? Iremos demonstrar que o desporto é a materialização de representações cognitivas do problema corpo-mente, tema que é analisado na parte I desta tese. Isto é, consideramos que as novas representações do problema corpo-mente surgidas a partir de 1870 (em Portugal) – de carácter naturalista-monista – potenciaram e determinaram a institucionalização e promoção do desporto contemporâneo. As novas representações do problema corpo-mente resultaram numa extraordinária valorização do corpo, o que, a par das teses transformistas que demonstravam que as espécies evoluíam e se extinguiam, levou a um generalizado sentimento de que a espécie humana estava a degenerar devido aos péssimos hábitos das sociedades com representações cognitivas dualistas, que menosprezavam o corpo. O desporto surge, neste período, como o melhor remédio para a regeneração da “raça”, o que lhe ofereceu um papel terapêutico e preventivo no âmbito da saúde pública e da higiene (parte II). Por fim (parte III), iremos sugerir o conceito de Homo athleta – a ideia de que o desporto está inscrito na biologia do corpo humano, na sua anatomia, na sua morfologia e no seu ADN. O ser humano existe porque possui características únicas de corrida de fundo que, aliadas a uma maior inteligência, lhe permitiram dominar o Planeta. O Homo athleta é o homem/mulher que compete por um prémio. Nos primórdios competia-se por carne. Hoje, compete-se por, entre outras coisas, honra, superação e por uma necessidade vinda de um impulso interior que pulsa para que corramos – corramos para o que mais valorizamos e corramos daquilo que mais nos ameaça. O desporto, por ser intrínseco à natureza humana, manifestou-se como atividade sociocultural como meio de promover saúde e bem-estar. Por outras palavras, o desporto é uma atividade que visa a homeostasia sociocultural – providenciar meios exógenos ao organismo para encontrar formas de potenciar uma mais eficiente regulação química do seu interior.pt_PT
dc.language.isoporpt_PT
dc.rightsopenAccesspt_PT
dc.subjectdesportopt_PT
dc.subjectproblema corpo-mentept_PT
dc.subjectginástical.pt_PT
dc.subjecteducação físicapt_PT
dc.subjecthomeostasia socioculturapt_PT
dc.titleO problema corpo-mente no Portugal Contemporâneo: para uma epistemologia do desporto (1870-1910)pt_PT
dc.typedoctoralThesispt_PT
thesis.degree.nameTese de Doutoramento em História.pt_PT
dc.subject.fosDomínio/Área Científica::Humanidades::História e Arqueologiapt_PT
dc.identifier.tid101575106pt_PT
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