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Título: Privatização da segurança e a idéia de ordem liberal
Autor: Nasser, Reginaldo Mattar
Palavras-chave: privatização
segurança
violência
ordem
Data: 18-Nov-2011
Editora: OBSERVARE. Universidade Autónoma de Lisboa
Resumo: Há uma série de crescentes desafi os teóricos e empíricos às concepções tradicionais sobre o signifi cado da “anarquia” no sistema internacional. o aparecimento de novas formas de governança, sem a presença formal do Estado ou de quaisquer outras instituições estatais, passou a ganhar destaque nos anos 90. Os regimes internacionais, as convenções, as normas e a convergência dos valores revelaram uma nova face da política internacional. Os limites entre o doméstico e o internacional igualmente começaram a se desfazer ao mesmo tempo em que um número crescente de atores não-estatais assumem tarefas e funções típicas de um Estado no sistema internacional, inclusive com alguma forma da autoridade legítima. mudanças de governos centralizados para uma governança “difusa” ou “ungovernance” com a redução de efetivos das forças armadas regulares dos Estados, tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento, são algumas das causas do rápido crescimento da privatização da violência. A globalização da economia com ascensão da privatização da violência em que os atores não-estatais e estatais tendem a disputar cada o controle de espaços e seus recursos (petróleo, gás, diamantes, madeira e metais preciosos) inserindo-os no mercado mundial. Além disso, vendem direitos de extração de recursos, em zonas sob seu controle, dedicam-se ao tráfi co de drogas e de pessoas, ou conseguem dinheiro mediante extorsão em troca de proteção. Dada a proliferação de formas de interação entre as funções de polícia e as instituições privadas, pode-se prever uma continuidade de articulações que vão desde as mais coercitivas até às menos coercitivas. Estamos em um momento em que os diversos atores do sistema internacional estão demarcando territórios provendo a fusão entre o mercado, desenvolvimento e segurança proporcionando uma governança liberal com uma visão expansionista que tem permitido a criação de novas redes ilícitas. Esta é a “estrutura racional” por trás da qual estão envolvidos os interesses privados de muitos atores (os senhores da guerra, os paramilitares, os cartéis da droga, empresas privadas militares de segurança) conferindo um novo sentido de ordem àquilo que, aparentemente, se apresenta como caos.
Revisão por Pares: yes
URI: http://hdl.handle.net/11144/3313
ISBN: 978-989-8191-53-3
Versão do editor: http://observare.autonoma.pt/conference/images/stories/conference%20images%20pdf/S3/Reginaldo_Nasser.pdf
Aparece nas colecções:I CONGRESSO INTERNACIONAL DO OBSERVARE

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