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PSIQUE • e-ISSN 2183-4806 • Volume XVI • Issue Fascículo 2 • 1
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july julho-31
st
december dezembro 2020
NOTA EDITORIAL
As palavras são, na minha opinião pouco humilde, a nossa fonte inexaurível de magia. Capaz tanto de infligir
danos como de os remediar.
Albus Dumbledore, em Harry Potter.
Esta edição é o resultado de muitas ações de pessoas comuns, unidas numa intenção comum. Foi essa
colaboração e entreajuda, em condições exigentes, no meio de uma pandemia mundial, e apesar de mui-
tas limitações de tempo e espaço, que permitiu que mais uma edição da Psique estivesse completa, reu-
nindo as palavras de quatro artigos originais.
Em sintonia com os esforços da comunidade científica de outras áreas, como a Medicina, Biologia e Epi-
demiologia, os vários autores da área da Psicologia continuaram também as suas investigações, no sen-
tido de melhorar a saúde dos indivíduos nas várias áreas da sua vida. Neste número partilhamos com os
leitores quatro trabalhos bem diversos, abarcando as áreas da Psicologia Clínica, Organizacional e Social.
O nosso primeiro artigo apresenta-nos um estudo sobre intervenção psicológica efetuada à distância,
tendo ocorrido exatamente durante o segundo período de confinamento em Portugal. Apesar de já exis-
tirem anteriores práticas de intervenção psicológica à disncia, e estudos sobre o tema, o contexto pan-
démico poderá trazer aqui uma caracterização particular deste tipo de intervenção, tornando este tipo
de estudos particularmente pertinente.
Também a situação de confinamento tornou ainda mais relevante a importância do equilíbrio entre a
área laboral e a familiar, quer para a saúde do indivíduo, quer para o bem-estar de todos os elementos
da família, e a produtividade no trabalho. Esta é a temática abordada pelo segundo artigo, fazendo uma
revisão atual do conhecimento desta temática.
O reconhecimento da visão holística do ser humano, e da interação e interdependência entre aquilo que
tradicionalmente é visto comodoença psicológica e “doença física, tem sido um dos desenvolvimentos
mais importantes nas várias ciências que estudam a saúde humana. Esta ideia é central ao terceiro traba-
lho apresentado neste número da Psique, relacionando algumas das doenças psicológicas mais prevalen-
tes, a ansiedade e a depressão, com a esclerose múltipla.
O nosso quarto artigo dedica-se a um tema de cariz mais sociológico, propondo uma escala específica
para a Identidade Nacional. Durante um acontecimento global que torna ainda mais claro a nossa inter-
dependência como habitantes do mesmo planeta, pensar na nossa identidade e como ela reflete a nossa
cultura nacional, é um exercício interessante.
A todos o meu sentido agradecimento: à Direção da Psique, pela perseverança na manutenção deste pro-
jeto, aos colegas editores, no trabalho incansável para que este projeto tenha frutos, aos autores, que nos
confiam o seu trabalho, aos revisores, que asseguram a qualidade do que apresentamos e ajudam os auto-
res a melhorar, aos editores-assistentes que asseguram que não haja uma vírgula fora do sítio, e a toda a
equipa “atrás da capa, que asseguram que tudo chegue da melhor forma aos leitores. E claro, aos leitores,
pela sua preferência.
Que o novo número da Psique nos chegue em melhores condições mundiais.
Maria Luísa Ribeiro