Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/11144/668
Título: Reflexões sobre o mundo actual: problemas sociais contemporâneos
Autor: Fraga, Luís Alves de
Palavras-chave: Globalização
Terra
Segurança não militar
Insegurança
Droga
Xenofobia
Violência
Poluição
Racismo
Fundamentalismo
Capitalismo
Religião
Nacionalismo
Ecologia
Delinquência
Energia Nuclear
Data: 2000
Editora: Campo das Letras
Resumo: Nesta proximidade de fim de século e de milénio, quando se desenham cada vez mais fortes as tendências da globalização como resultado do desenvolvimento capitalista neoliberal com cargas de uma subtileza na exploração do Homem que nunca haviam sido até hoje imaginadas, parece tornar-se necessária uma reflexão sobre o que são e porque existem alguns dos problemas sociais que mais atormentam sectores conscientes da humanidade. No vazio que se criou após a queda da economia planificada, surgiu a crise económica nos EUA — acelerou-se o desemprego e a inflação — que só podia ter solução na retracção ou explosão da própria economia. O crescimento económico passava pelo aumento do consumo mesmo que para tal tivesse de se incentivar o crédito individual. Foi isso que aconteceu e está na origemda economia globalizante. As «auto estradas da informação» não só serviram para ampliar os contactos ao nível planetário como, também, para facilitar o comércio a esse mesmo nível. Totalmente liberta da contestação política e ideológica dos partidos comunistas, e mesmo dos partidos socialistas, a concepção capitalista da vida e da ordem social deu largas à criatividade e impôs-se como ideal organizativo. Os anos 90 do século que está próximo do fim trouxeram a ideia de consumo global e transportam no seu seio o germe da crise global. A nave planetária a que chamamos Terra galopa para a destruição em consequência da produção e do consumo para satisfazer necessidades quase todas supérfluas ou, no mínimo, secundárias e, por isso, dispensáveis. A vida na Terra tornou-se ameaçadora a vários títulos e cada vez mais todos nós, cidadãos conscientes, temos como obrigação tornarmo-nos defensores da transmissão, em condições aceitáveis, da herança que recebemos dos nossos antepassados. Hoje é, quase em exclusivo, essa a luta que vale a pena ser travada. Para que a possamos assumir teremos de perceber alguns dos condicionalismos que a determinam e, acima de tudo, as causas dos nossos receios para que a luta possa ser profícua. Corria o Verão de 1999, fui convidado a leccionar um pequeno bloco de matérias à pós-graduação em Jornalismo Internacional que ia desenrolar-se, no ano lectivo de 1999/2000, na Universidade Autónoma de Lisboa. Genericamente cabia-me falar de «Segurança e Insegurança» na perspectiva não militar. Foi um desafio, tanto mais que, faz alguns anos, abandonei por outras as minhas preocupações didácticas nesse domínio. Entusiasmado, gizei um programa que foi aprovado e com o qual pretendia, sobretudo, suscitar grandes dúvidas e interrogações nos meus futuros alunos. Não queria dar-lhes respostas nem oferecer-lhes fórmulas de solução para os problemas que lhes iria colocar; queria — isso sim — «sacudi-los» de modo a que tivessem oportunidade de olhar para certos problemas do mundo actual segundo uma outra perspectiva, mesmo que ela não correspondesse à suaforma de pensar, mesmo que não lhes fosse possível concordar com os pontos de vista que lhes expusesse, mesmo que repudiassem, do princípio ao fim, toda a minha argumentação, porque, acima de tudo, era meu desejo despertá-los para as calamidades quejá vivemos e não damos por elas ou que se avizinham a passos muito largos. Imbuído do objectivo que me animava fiz uma pesquisa mínima e, acima de tudo, deixei-me levar por uma reflexão quanto ao modo de abordar os temas que havia incluído no programa. Depois desse trabalho de maturação, que passou, também, pela identificação de algumas obras que me poderiam servir de apoio e, em especial, apoiar os meus futuros alunos, lancei-me à execução dos sumários e, para consolidar os aspectos a desenvolver nas aulas, fui escrevendo ideias sobre ideias enquanto procurava na Internet algum material de qualidade para fornecer aos discentes de modo a que tivessem algumas bases onde se apoiassem durante os diálogos que desejava proporcionar nas aulas. Foi desta maneira que nasceu o essencial do presente livro. Concluída a minha participação no curso de pós-graduação, relendo o que havia escrito, surgiu-me a ideia de completar alguns aspectos, arrumar o material segundo uma ordem mais lógica e dar-lhe a forma de livro para pôr nasmãos dos leitores interessados as reflexões que me desassossegaram e que provocaram nos meus alunos algumas inquietações. Acima de tudo, parece-me, uma das ideias mais importantes que se poderá colher é a de que o cidadão de cada Estado é, em cada dia que passa, mais responsável pela sobrevivência da humanidade e do planeta independentemente da acção que os partidos políticos possam desenvolver. No início do livro recordo alguns conceitos fundamentais para a compreensão do seu conteúdo; depois, faço uma breve análise do começo das ameaças mais graves ao ambiente; em seguida, abordo desenvolvidamente as ameaças à segurança não militar; tratado este aspecto passo a enumerar os riscos ambientais mais evidentes; por fim, proponho um delineamento de uma estratégia para se fazer frente a toda a situação estudada. Esta pequena obra quer ser mais um grito para uma tomada de consciência; não pretende ser mais do que isso. Se cumprir o seu objectivo terá valido a pena a reflexão que fiz e a que convido o leitor.
Revisão por Pares: no
URI: http://hdl.handle.net/11144/668
ISBN: 972-610-420-3,
Aparece nas colecções:BUAL - Livros e Capítulos de Livros
DRI - Livros e Capítulos de Livros

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