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http://hdl.handle.net/11144/6655
Título: | Cisternas urbanas, espaço público e habitação temporária: as cheias como elemento de criação |
Autor: | Bastos, Flávio Augusto |
Orientador: | Lobo, Inês Sequeira, Marta |
Palavras-chave: | sistema hídrico cisterna cheias Lisboa |
Data: | 31-Out-2023 |
Resumo: | Ao mesmo tempo que as grandes cidades se continuam a expandir, a superfície impermeável domina a sua paisagem, reduzindo a infiltração natural e provocando inundações. A falta de recolha de água pluvial nestes espaços urbanos representa hoje um desafio multifacetado — económico, ambiental e espacial. Com sistemas de drenagem adequados, seria possível evitar o acúmulo de água estagnada (evitando o desenvolvimento de problemas sanitários); com sistemas de armazenamento apropriados, a água da chuva poderia ser guardada para uso posterior (reduzindo a exploração de água do subsolo e promovendo a sua conservação). De modo a transportar o excesso de água em direção a espaços hídricos naturais ou, idealmente, a estações de tratamento, têm vindo a ser instaladas, nas áreas urbanas, condutas e cisternas. No entanto, estes sistemas limitam-se, muitas vezes, à simples resolução prática e eficaz do problema hídrico, não se aproveitando a aplicação destes sistemas de grande envergadura para transformar a cidade também do ponto de vista da sua qualidade espacial. A hipótese levantada nesta tese consiste, pelo contrário, na criação de um elemento pré-fabricado e replicável, capaz de captar e armazenar as águas pluviais mas que, simultaneamente, permite gerar, durante os intervalos sazonais de coleta, espaços públicos, bem como habitação temporária para dias de maior precipitação. Integrados na paisagem urbana, estes elementos incorporam uma infraestrutura verde — constituída por jardins de chuva, valas biológicas e pavimentos permeáveis — e habitação — concretizada a partir de instalações industriais já existentes. Este sistema de drenagem sustentável — que permite a redução da quantidade de água pluvial que entra no sistema de drenagem municipal, moderando a necessidade de introdução de estações de tratamento centralizadas, promovendo práticas de gestão hídrica descentralizadas — oferece evidentes benefícios ambientais — melhorando a qualidade do ar, reduzindo os efeitos das ilhas de calor, promovendo a biodiversidade —, dando uso a edifícios devolutos e oferecendo espaço público, contribuindo para a qualidade de vida na cidade e, sobretudo, de quem a habita. |
URI: | http://hdl.handle.net/11144/6655 |
Grau: | Dissertação de Mestrado em Arquitectura |
Aparece nas colecções: | DA - Dissertações de Mestrado |
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