Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/11144/3263
Título: Da Guerra Remota – A ascensão dos sistemas aéreos não-tripulados e as implicações para o futuro da confl itualidade hostil
Autor: Vicente, João
Palavras-chave: Sistemas Aéreos Não-Tripulados
Poder Aéreo
Conflitualidade Hostil
Guerra Remota
Data: 16-Nov-2011
Editora: OBSERVARE. Universidade Autónoma de Lisboa
Resumo: Os sistemas aéreos não-tripulados (Unmanned Aircraft Systems - UAS) desafi am o paradigma dominante da aviação tripulada provocando alterações na forma e letalidade do combate, na identidade do combatente e na experiência da própria Guerra. A decisão de empregar UAS para aplicação de força letal abre um novo debate acerca do signifi cado estratégico do Poder Aéreo. A introdução de uma capacidade na Guerra que faz perspectivar um futuro onde o combate seja desumanizado e conduzido de forma remota e autónoma, terá impactos profundos no fenómeno da confl itualidade hostil. A Guerra Remota traduz a dupla implicação moral do aumento da distância e da remoção do risco do duelo humano. Confi rma a tendência histórica de aumento do afastamento físico entre os combatentes, mas acompanha-a com uma desconexão psicológica. Todos estes fatores parecem apontar no sentido de uma possível transferência de risco do combatente para a sociedade, induzindo um transbordo do carácter limitado da Guerra, no sentido do alastramento de métodos, armas e alvos. Por outro lado, verifi ca-se uma ampliação da liberdade de manobra política, antecipando-se uma maior apetência para fazer a Guerra e uma alteração do relacionamento do Estado e da sociedade. A avaliar pela aceleração do ritmo tecnológico, a expansão dos UAS a outras competências aéreas e a sua proliferação no espaço de batalha, somos levados a aceitar que estamos perante uma Revolução nos Assuntos Militares com implicações épicas, transversais à natureza da confl itualidade hostil, à qual Portugal não se pode alhear. Considerando por isso, a especifi cidade geográfi ca e geopolítica de Portugal, assim como o emprego do Poder Aéreo nacional em futuros cenários híbridos e ambientes assimétricos, é fundamental equacionar o emprego de UAS nas áreas de Defesa e de Segurança. Para isso é necessário defi nir uma visão estratégica que enquadre os requisitos e esforços de todos os atores, privilegiando uma priorização, especialização e fomentando soluções multinacionais.
Revisão por Pares: yes
URI: 978-989-8191-53-3
http://hdl.handle.net/11144/3263
Versão do editor: http://observare.autonoma.pt/conference/images/stories/conference%20images%20pdf/S1/Joao_Vicente.pdf
Aparece nas colecções:I CONGRESSO INTERNACIONAL DO OBSERVARE

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato 
Joao_Vicente.pdf414,88 kBAdobe PDFThumbnail
Ver/Abrir


FacebookTwitterDeliciousLinkedInDiggGoogle BookmarksMySpaceOrkut
Formato BibTex mendeley Endnote Logotipo do DeGóis Logotipo do Orcid 

Todos os registos no repositório estão protegidos por leis de copyright, com todos os direitos reservados.