Do norte e do sul, da viagem e do retorno.

Abstract

Asplund não foi o último nem foi o primeiro arquiteto nórdico a viajar para Sul. Na realidade, os territórios e as diferentes culturas que aconteceram no Mediterrâneo - seja na península de Itália, ou da Grécia, passando pelo norte de África -, esse Sul com mais de mil anos de história, foi o “destino” para grande parte dos homens (e mulheres) de cultura, arquitetos ou não, do Norte e do Centro da Europa. Esta viagem, conhecida como a Grand Tour, era vista, desde finais do século XVIII, como um tempo único de passagem, entre o tempo de formação e o tempo da vida que se lhe seguirá. Era o momento de passar da escolástica e da condição restrita de jovem aprendiz e estudante, para entender que só “ir” e ver o mundo com alguma maturidade seria o caminho de perceber o outro, o significado da sua Cultura, dos seus lugares, ou dos seus costumes, para então chegar à condição de “cidadão do mundo”.

Asplund was neither the last nor the first Nordic architect to travel to the South. Indeed, the territories and the different cultures that have existed in the Mediterranean - whether in the Italian peninsula or in Greece, including North Africa, that South with over a thousand years of history, was the "destination" for most men (and women) of culture, architects or not, from Northern and Central Europe. This trip, known as the Grand Tour, was perceived, from the end of the eighteenth century, as a unique time of passage between the education period and the period of life that would ensue. It was the time to move from scholasticism and the restricted condition of being a young apprentice and student and to realize that "moving" and seeing the world with some maturity would be paramount to perceive the other, the meaning of his Culture, places and customs, and then reach the status of "citizen of the world".