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Title: Expressão da dor, ansiedade e depressão em doentes com lombalgias recorrentes
Authors: Gonçalves, Jorge Manuel da Costa
Advisor: Pedro, António Mendes
Keywords: Expressão da dor
ansiedade
depressão
lombalgias recorrentes
Issue Date: 10-Mar-2016
Abstract: A dor é uma forma de comunicação unipessoal, caracterizada por uma experiência de caráter multifatorial (Breton, 2007) que, quando mal interpretada, exalta reações nas diversas dimensões: física, psicológica, emocional, social, laboral, familiar, relacional, entre outras (Hwang et al., 2011). Quando recorrente, com duração superior a seis meses, pode associar-se a um processo clínico patológico, ou seja, a dor crónica (Loeser, 2011). As lesões musculoesqueléticas, em particular a lombalgia, pela sua frequência, têm sido consideradas a causa mais comum de incapacidade crónica (Taimela, Negrini, & Paroli, 2004). É, igualmente, um problema socioeconómico, pelas consequências que lhe estão inerentes, nomeadamente a nível laboral, emocional, cultural e cognitivo (Petit, Fouquet, & Roquelaure, 2015). O objetivo do presente estudo é exploratório. Propõe-se analisar algumas das dimensões da lombalgia recorrente, tendo em consideração a sua etiologia multifatorial. A amostra foi constituída por 120 sujeitos portugueses (MIdade = 48.88; DP = 16.34), que afirmaram sofrer de dor na região lombar, sendo 41.7% detentores de grau de habilitações superior, 69.2% empregados e 57.5% casados ou em união de facto. Para recolha da informação, recorreu-se a um questionário (adaptado de Gonçalves, 2008), sobre os dados demográficos e avaliação musculoesquelética; ao The McGill Pain Questionnaire (MPQ) – versão Portuguesa, para avaliação da dor; ao The State-Trait Anxiety Inventory – Forma Y-1 e Y-2 (STAI), para a ansiedade; e ao Beck Depression Inventory – II (BDI-II), para a depressão. A utilização das técnicas de análises de dados seguiu dois critérios: por um lado, os objetivos pretendidos requereram determinadas aplicações matemáticas; por outro, as características dos mesmos exigiram estatísticas ajustadas. O recurso ao modelo Rasch e à estatística inferencial permitiu constituir um quadro abrangente de compreensibilidade dos fatores em estudo. Os resultados revelaram que as categorias de resposta dos instrumentos STAY e BDI-II cumprem os critérios propostos por Linacre (2002), ou seja, os estatísticos de ajuste (infit e outfit) encontram-se todos dentro do limite produtivo e, a nível das qualidades psicométricas, a precisão das medidas dos itens e sujeitos é adequada, apontando para medidas úteis, eficazes e produtivas na avaliação da ansiedade e da depressão. Observou-se que 75.0% da amostra refere sofrer de problemas ao nível da coluna vertebral (69.8% dos homens e 77.9% das mulheres) e 75.8% refere dores musculares (69.8% dos homens e 79.2% das mulheres). Os homens apresentaram valores de Índice de Massa Corporal (IMC) superiores aos das mulheres e mencionam mais lombalgias, comparativamente às mulheres, e sofrem desta sintomatologia, em média, há mais tempo do que as mulheres. A maioria da amostra afirmou sofrer de problemas de coluna vertebral e apontou a região lombossagrada como a mais afetada, caracterizando a dor, na maioria dos casos,como bilateral e/ou episódica, local, de intensidade moderada, e com maior expressão ao levantar e ao final do dia. Como conclusão, verificamos que os resultados vão ao encontro da literatura, demonstrando que, perante a elevada taxa de dor, se afigura premente a necessidade de uma abordagem dissemelhante e holística, como forma de minimizar o sofrimento e os problemas socioeconómicos colaterais que dela advém.
Peer Reviewed: no
URI: http://hdl.handle.net/11144/2560
Appears in Collections:BUAL - Teses de Doutoramento
DPS - Teses de Doutoramento

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